O Rio Grande do Sul já enfrenta uma devastação considerável devido às intensas chuvas que têm assolado o estado desde o início desta semana. Até o momento, o triste saldo é de 39 mortes registradas, conforme relatórios da Defesa Civil, enquanto 68 pessoas continuam desaparecidas, aumentando a angústia das famílias.
As operações de resgate coordenadas pelas forças de segurança já conseguiram salvar mais de 8 mil indivíduos em situações de risco, mas a preocupação persiste, já que cerca de 24 mil pessoas estão desalojadas. A abrangência dos danos é alarmante, afetando 265 municípios, o que representa mais da metade das cidades do estado.
O governador Eduardo Leite, ao fazer uma atualização dos números nesta sexta-feira, destacou a gravidade da situação, especialmente nas regiões central, vales e serra. Um alerta urgente foi emitido para os residentes de Porto Alegre e sua região metropolitana, pois existe o risco iminente de inundação devido à elevação do nível do Lago Guaíba.
Eduardo Leite salientou que todos os sistemas de proteção estão sendo sobrecarregados pela enorme quantidade de água, o que poderia resultar em rupturas perigosas, causando ondas devastadoras e colocando vidas em perigo.
Quanto às bacias hidrográficas, Leite informou que, apesar das expectativas de redução do nível do Rio Taquari nas próximas horas, a situação continua sendo monitorada com cautela. O governo também está atento aos rios Gravataí, Jacuí e dos Sinos, além do Guaíba e da barragem de 14 de Julho, que sofreu danos parciais.
Em relação aos recursos para assistência às áreas afetadas, o governador assegurou que serão disponibilizados sem burocracias, priorizando o apoio direto aos municípios, apesar das dificuldades financeiras do estado.
A resposta emergencial inclui a preparação de estruturas médicas adicionais, como um hospital de campanha equipado com centro cirúrgico, embora o acesso a certas áreas esteja provando ser um desafio logístico significativo.
Infelizmente, durante uma coletiva de imprensa, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, teve que se retirar para lidar com um possível rompimento do dique que controla o Arroio Feijó, colocando em risco diversas comunidades na zona norte da cidade.
A situação é crítica, e o estado enfrenta uma nova tragédia climática após mais de 100 mortes registradas em desastres semelhantes no ano passado.
Fonte Agencia Brasil